Quando começamos um relacionamento, ou mesmo quando estamos só apaixonados, nossos sentidos são completamente alterados, além de termos nossas faculdades mentais levemente embotadas, nosso senso crítico torna-se altamente prejudicado.
A causa de todo embotamento intelectual não pode ser outra que a presença do objeto amado.
Segundo a física quântica, o fenômeno é alterado pelas expectativas do observador empenhado a investigá-lo. No apaixonamento, podemos dizer que ocorre algo semelhante. Nada pode deter o brilho que o ser amado ou o objeto amado irradia. Esse brilho nos atinge, na categoria de observadores, de tal modo que já não pensamos ou sentimos apuradamente. Tudo está investido no outro e é para o outro. Pouco sabemos sobre nosso narcisismo quando estamos apaixonados.
Os sintomas fisiológicos nós estamos cansados de conhecer: taquicardia, sudorese, vermelhidão na face...há de se presumir, pelo menos uma coisa, esse objeto de amor realmente é poderoso. Segundo nossas expectativas, ele pode se tornar tudo do que precisamos, e é geralmente isto que ocorre.
Não mais que de repente o objeto de amor nos arrebata, influência nossos sentidos e não é por suas qualidades que o amamos, e sim, utilizando o pensamento da Física Quântica, por aquilo que desejamos que ele se torne. Assim, encontramos a “razão de nossa vida”, alguém capaz de preencher uma falta que – ilusoriamente- pensamos poder extinguir. Sim, nós influenciamos o fenômeno – o objeto de desejo – através de nossas expectativas em relação a ele.
Nessa tentativa vã de preencher a falta vestimos com outra pele o objeto de nosso desejo, damos um colorido maior, para que assim possamos nos apaixonar. O triste e o que invariavelmente vamos descobrir, mais tarde, é que a pele com a qual vestimos nosso objeto de desejo não faz parte realmente do que ele é, não diz nada e nem reflete nada sobre ele.
Ou seja, através dessa pele nova, vemos outra coisa, vemos beleza, vemos magnitude, vemos coragem, vemos inteligência. Vemos tudo, menos o que realmente é o sujeito. O sujeito por baixo dessa pele especial em nada lembra o que vemos diante de nossos olhos – ofuscados pelo brilho, O objeto de desejo, podemos dizer, é tudo, menos o sujeito real, aquele que não queremos ver, que tem defeitos, que não é capaz de saciar nossa necessidade de completude. Não, ele não o fará, nunca, e isso é o que temos que aceitar.
Aceitar, no entanto, não significa deixar a ilusão de lado. É fato que, apesar de todo o engodo em que estamos envolvidos, a sensação de apaixonamento é importante, revigorante até, dá um colorido as nossas vidas. Não devemos deixar a ilusão de que alguém irá nos completar, ela é vital, faz a nossa vida circular. A ilusão é sempre necessária.
O triste é sabermos que essa pele especial, de brilho próprio e insinuante, tende a descamar ao longo do tempo, ela vai rompendo, descascando, perdendo o viço, perdendo a cor até que... a tragédia se dá: avistamos o sujeito entranhando ali. O sujeito como ele é verdadeiramente nos assusta e nos remete a nós mesmos – ou não temos nós nossas falhas e nossas incapacidades?
Narciso que é, o ser humano odeia tudo que é espelho, após essa “visão do inferno” tende a um outro movimento, ao afastamento e, por que não dizer, asco, repúdio? O sentimento que se tem é de incompreensão: Como pudemos nos apaixonar por isto?Onde está o tal brilho que vimos?
Nunca se vai ter respostas para tais desafiantes perguntas. O que interessa é que, em um dado momento, estivemos disponíveis ao apaixonamento, queríamos, tivemos expectativas em torno de um objeto o qual vestimos como quisemos, com a pele que mais nos agrada. Triste é que não podemos nos apaixonar sem antes vestir o outro com essa pele tão fascinante.
Dessa forma, estejamos sempre preparados para as palpitações, para a taquicardia e a delícia que é experiência dessa sensação. Como ilusão que é, um dia evanescerá, mas, nos enganarmos dá um certo ar de graça à vida. Então, vamos ao mundo empírico!
A causa de todo embotamento intelectual não pode ser outra que a presença do objeto amado.
Segundo a física quântica, o fenômeno é alterado pelas expectativas do observador empenhado a investigá-lo. No apaixonamento, podemos dizer que ocorre algo semelhante. Nada pode deter o brilho que o ser amado ou o objeto amado irradia. Esse brilho nos atinge, na categoria de observadores, de tal modo que já não pensamos ou sentimos apuradamente. Tudo está investido no outro e é para o outro. Pouco sabemos sobre nosso narcisismo quando estamos apaixonados.
Os sintomas fisiológicos nós estamos cansados de conhecer: taquicardia, sudorese, vermelhidão na face...há de se presumir, pelo menos uma coisa, esse objeto de amor realmente é poderoso. Segundo nossas expectativas, ele pode se tornar tudo do que precisamos, e é geralmente isto que ocorre.
Não mais que de repente o objeto de amor nos arrebata, influência nossos sentidos e não é por suas qualidades que o amamos, e sim, utilizando o pensamento da Física Quântica, por aquilo que desejamos que ele se torne. Assim, encontramos a “razão de nossa vida”, alguém capaz de preencher uma falta que – ilusoriamente- pensamos poder extinguir. Sim, nós influenciamos o fenômeno – o objeto de desejo – através de nossas expectativas em relação a ele.
Nessa tentativa vã de preencher a falta vestimos com outra pele o objeto de nosso desejo, damos um colorido maior, para que assim possamos nos apaixonar. O triste e o que invariavelmente vamos descobrir, mais tarde, é que a pele com a qual vestimos nosso objeto de desejo não faz parte realmente do que ele é, não diz nada e nem reflete nada sobre ele.
Ou seja, através dessa pele nova, vemos outra coisa, vemos beleza, vemos magnitude, vemos coragem, vemos inteligência. Vemos tudo, menos o que realmente é o sujeito. O sujeito por baixo dessa pele especial em nada lembra o que vemos diante de nossos olhos – ofuscados pelo brilho, O objeto de desejo, podemos dizer, é tudo, menos o sujeito real, aquele que não queremos ver, que tem defeitos, que não é capaz de saciar nossa necessidade de completude. Não, ele não o fará, nunca, e isso é o que temos que aceitar.
Aceitar, no entanto, não significa deixar a ilusão de lado. É fato que, apesar de todo o engodo em que estamos envolvidos, a sensação de apaixonamento é importante, revigorante até, dá um colorido as nossas vidas. Não devemos deixar a ilusão de que alguém irá nos completar, ela é vital, faz a nossa vida circular. A ilusão é sempre necessária.
O triste é sabermos que essa pele especial, de brilho próprio e insinuante, tende a descamar ao longo do tempo, ela vai rompendo, descascando, perdendo o viço, perdendo a cor até que... a tragédia se dá: avistamos o sujeito entranhando ali. O sujeito como ele é verdadeiramente nos assusta e nos remete a nós mesmos – ou não temos nós nossas falhas e nossas incapacidades?
Narciso que é, o ser humano odeia tudo que é espelho, após essa “visão do inferno” tende a um outro movimento, ao afastamento e, por que não dizer, asco, repúdio? O sentimento que se tem é de incompreensão: Como pudemos nos apaixonar por isto?Onde está o tal brilho que vimos?
Nunca se vai ter respostas para tais desafiantes perguntas. O que interessa é que, em um dado momento, estivemos disponíveis ao apaixonamento, queríamos, tivemos expectativas em torno de um objeto o qual vestimos como quisemos, com a pele que mais nos agrada. Triste é que não podemos nos apaixonar sem antes vestir o outro com essa pele tão fascinante.
Dessa forma, estejamos sempre preparados para as palpitações, para a taquicardia e a delícia que é experiência dessa sensação. Como ilusão que é, um dia evanescerá, mas, nos enganarmos dá um certo ar de graça à vida. Então, vamos ao mundo empírico!